Mariana Andrade é nutricionista (Universidade Federal da Bahia), pós graduada em Nutrição Funcional (VP Consultoria), gastróloga (UNIFACS), Coach em Nutrição (Nutrition Coaching) e Personal Diet (NTR Cursos) além de professora e palestrante. Atua em consultório, com atendimentos baseados em comportamento alimentar, nutrição funcional e gastronomia. É alguém verdadeiramente apaixonada pela nutrição e pelo poder que a alimentação tem em transformar vidas! A sua missão como nutricionista é fazer com que as pessoas aprendam, na prática, que alimentação saudável não é sinônimo de sofrimento e que se alimentar bem sem neurose é algo perfeitamente possível. Idealizadora do Programa Prato livre, um programa que visa a promoção de uma alimentação livre, responsável e consciente, sem abrir mão do prazer em se alimentar.
Na era onde a quantidade de informações sobre nutrição é grande, muitas vezes surge a dúvida do que comer, quando comer, quanto comer, que tipo de dieta seguir… Vegetariana? Sem glúten e sem lactose? Low Carb? Fazer jejum? E tal alimento, pode ou não pode? Comer isso tá certo? Não é difícil ver muitas pessoas confusas com a alimentação… Fulana faz isso mas eu li aquilo. Tal nutricionista me disse tal coisa, o outro das redes sociais disse que não é assim. Muitas vezes fica bem confuso, não é? Precisamos ter um pouco de cuidado e uma visão crítica sobre tudo que se fala sobre alimentação.
O primeiro ponto é lembrar que alimentação e nutrição não se resumem ao emagrecimento. Muitas vezes algumas condutas (ou “dietas”) tem objetivos completamente diferentes. Mas, o que acontece com frequência é que, se alguém emagrece com uma determinada estratégia, acaba virando moda, né? E há quem se deixe seduzir pelas novas estratégias nutricionais que vão surgindo. É bom lembrar que cada uma dessas dietas tem seus aspectos positivos e negativos. Algumas completamente opostas, mas ainda assim, válidas e com bons resultados para algumas pessoas.
Cada caso é um caso e em alimentação não existem tantas regras que sirvam para todo mundo. Tudo depende: da pessoa, do momento, do profissional nutricionista, do que é possível ou viável, do estado metabólico, das preferências, das emoções, do comportamento… E avaliando esses aspectos, algumas estratégias nutricionais são pensadas e sugeridas. O que não quer dizer que o que funciona para alguns tenha que ser uma regra para todos. E muitas as vezes alguma estratégia não vale como regra nem mesmo para mesma pessoa em momentos diferentes!
Então, comer a cada 3 horas não é uma regra, mas pode ser uma estratégia. Isso também vale para reduzir carboidratos, aumentar consumo de proteínas, evitar o consumo de leite e derivados, usar suplemento, pesar ou não as porções… As diferentes condutas (e isso inclui desde o modo de conversar com o cliente até fazer planos alimentares mais ou menos rígidos, com ou sem restrições…) e escolhas que o nutricionista e cliente fazem devem ser de maneira individualizada. Não existe uma dieta perfeita para todo mundo. Somos todos diferentes. Por que não seriamos na forma que escolhemos para nos alimentar?
Então, não fique achando que tudo que você faz está errado ou que só o que você faz está certo. As pessoas são diferentes e a forma como elas escolhem se alimentar (orientadas ou não) pode ser diferente também. Alimentação saudável não precisa de um nome ou um rótulo. Se conhecer, conhecer um pouco sobre os alimentos e como esses alimentos interagem com seu corpo são alguns passos importantes.
Respeite as diferenças, respeite sua individualidade, busque e questione sempre quais as estratégias funcionam melhor pra você!
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