Aline Pereira é bacharel em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (2015). Especialista em Nutrição Materno Infantil pela Estácio (2016). Realizou estágios na área de Nutrição Clínica e Nutrição Esportiva. Atuou na modalidade de bolsista do Centro de Estudo e Intervenção na Área do Envelhecimento- CEIAE da UFBA. Atuou como estagiária voluntária no Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição da UFBA e também do Núcleo de Orientação Nutricional do Atleta- NONA na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Participou como estagiária do Projeto de Extensão em Prática Clínica do Consultório Dietético da UFBA. Atualmente atua com atendimentos em Nutrição Clínica e Nutrição Esportiva.
Sobre a importância dos alimentos antioxidantes
Quando ocorre um desequilíbrio no organismo em que há produção de radical livre de maneira excessiva e o sistema antioxidante torna-se pouco eficiente, instala-se um quadro chamado de estresse oxidativo. O estresse oxidativo é considerado um problema porque quando não controlado pode levar a lesão celular e favorecer o aparecimento de doenças degenerativas, além de aumentar inflamação de maneira sistêmica. Algumas doenças bastante conhecidas apresentam como um dos fatores de piora sintomatológica o estresse oxidativo como obesidade, diabetes Melittus, hipertensão arterial.
Sabe-se, atualmente, que as condições de vida, o meio ambiente (ação de poluentes, drogas, estresse físico e mental), fatores genéticos, nutricionais e culturais exercem enorme influência no processo de doenças degenerativas e envelhecimento.
Sendo assim, a alimentação entra com um papel importantíssimo no combate aos radicais livres quando relacionados com os alimentos que fornecem nutrientes antioxidantes, que são principalmente: o ácido ascórbico (vitamina C), os flavonoides, o β-caroteno, o α-tocoferol (vitamina E), o zinco, o manganês, o cobre e o selênio.
Uma alimentação rica em frutas, verduras e hortaliças já fornecem boas quantidades desses nutrientes sem que haja necessidade de suplementação. Dentre esses:
Vitamina C (ácido ascórbico)
O ácido ascórbico está amplamente presente nas frutas cítricas, nos tomates, nos melões, nos morangos, na goiaba, etc… É um antioxidante hidrossolúvel que reage diretamente não apenas com superóxido e radical hidroxila, mas também com radical tocoferoxil, resultando na regeneração de tocoferol. Ou seja é um componente essencial para o sistema de defesa antioxidantes.
Vitamina E (α-tocoferol)
Presente em óleo de germe de trigo, vegetais verdes, gema de ovo, gordura do leite, manteiga, carne, nozes e óleos vegetais. É essencial para proteção da membrana celular e alguns alimentos ricos em gordura.
Flavonoides
Faz parte de um grupo de polifenois presentes em diversas frutas e hortaliças de coloração avermelhada e alaranjada, principalmente a uva, além de esta presente também em chás, cafés e chocolates. Eles são bem eficientes na redução do estresse oxidativo.
Beta caroteno
β-Caroteno é a pró-vitamina A, presente principalmente em fontes vegetais, como cenoura, batata doce, abóbora, pêssego, melão. São excelentes para proteção contra lesão no DNA.
Zinco
O zinco é um mineral e suas dietéticas do zinco são leite, fígado, moluscos, arenque e farelo de trigo. Esse nutriente é capaz de prevenir a peroxidação lipídica devido à capacidade de estabilizar membranas estruturais e de proteger células.
Selênio
É um mineral importantíssimo para o organismo. Está presente principalmente em amêndoas como a Castanha do Pará. É essencialmente importante por ser um componente necessário à glutationa peroxidase, uma enzima antioxidante.
Desse modo podemos perceber a importância do consumo de diário de frutas e verduras considerando seu aspecto de proteção tecidual e combate aos radiais livres.
Em caso de dúvidas, consulte um nutricionista!
Aline Pereira
Nutricionista
Referência teórica
Zimmermann AM; Kirsten VR. Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 9, n. 1, p. 51-68, 2008.
M.L.P. BIANCHI & L.M.G. ANTUNES. Rev. Nutr., Campinas, 12(2): 123-130, maio/ago., 1999
SaBios-Rev. Saúde e Biol., Campo Mourão, v. 1, n. 2, p. 33-41, jul./ dez., 2006
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