O licor é uma bebida produzida e vendida de janeiro a janeiro, mas, é durante o mês de junho que as vendas aumentam e seus produtores trabalham ainda mais. Isso porque, essa é uma bebida tradicional das festas juninas. Não foi inventada aqui no país, mas, há no Brasil, uma produção representativa, principalmente na região Nordeste.
A fábrica Roque Pinto, situada no município de Cachoeira, no Recôncavo baiano, há cerca de 110 km de Salvador, é referência no cenário nacional quando o assunto é licor. Sua importância é tanta que, esse ano, a fábrica foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Cachoeira. Os licores, produzidos artesanalmente, são de altíssima qualidade e muito saborosos.
Confira entrevista com Rose Pinto, um dos filhos do falecido Roque Pinto e que, hoje, está a frente do negócio.
Cozinha FIT&FAT: o licor Roque Pinto surgiu há mais de 100 anos. Como seu pai descobriu a fórmula do licor?
Rose Pinto: é uma fórmula hereditária. Meu pai aprendeu através do mês avô, Francisco Pinto.
Cozinha FIT&FAT: como é a produção de licor na Roque Pinto?
Rose Pinto: a fruta tem que estar bem madura, extraímos o suco e envelhecemos por um período de 6 meses a um ano. É Tudo feito com a máquina humana. A gente faz com as mãos. Acrescenta o álcool, o açúcar, enche as garrafas, tampa, rotula, tudo isso manualmente… A única máquina que nos ajuda é o liquidificador industrial que faz a mistura.
Cozinha FIT&FAT: qual o tamanho da produção de vocês em época junina? E fora da época?
Rose Pinto: de maio a junho produzimos entre 60 a 80 mil litros. Fora dessa época, não chega 500 litros, por mês.
Cozinha FIT&FAT: qual o diferencial do produto da Roque Pinto?
Rose Pinto: acredito que a fórmula centenária ajuda, mas o amor e carinho ao fabricar faz a diferença.
Cozinha FIT&FAT: qual o sabor que mais é vendido?
Rose Pinto: o carro chefe: Jenipapo.
Cozinha FIT&FAT: o que o licor representa para o São João?
Rose Pinto: quando se fala em São joão, a resposta é LICOR. “Cadê meu licor”, “Vou lá tomar um licor”, “Guarda meu licor”, um casamento que só Julho consegue acabar.
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