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É com muito orgulho que divido com vocês o mais novo projeto desenvolvido por meus colegas do curso de Engenharia de Alimentos da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana-BA). A disciplina de Desenvolvimento de Novos Produtos e Marketing, do 9º semestre, lecionada pela professora Jean Márcia Mascarenhas, traz a proposta da elaboração de um produto inovador, que valorize matérias primas regionais e que tenha valor nutritivo interessante ao consumo humano. O caju, fruto muito popular na região nordeste, foi o ingrediente escolhido por uma das equipes em alternativa à carne bovina, normalmente utilizada na produção de quibes. Dentre os estados do Brasil, a Bahia é o 4º maior produtor no país ficando atrás apenas do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
O que chama a atenção neste estudo é a importância dada à parte do caju que normalmente é descartada tanto pelo setor industrial quanto por nós, em nossas residências, dando uma valorização super bacana ao conceito de Reaproveitamento de Alimentos. Segundo a aluna Renata Torres, o bagaço do caju apresenta cerca de 61% de fibras, o que representa um nível muito acima do esperado para que um alimento seja considerado rico em fibras, ja que este para ser assim considerado, deve apresentar no mínimo de 2 a 3% deste componente.
Ainda segundo Renata, a proposta inicial da pesquisa não considerava a substituição total da carne bovina pela fibra vegetal mas sim uma substituição parcial. Durante as atividades em classe, a equipe testou diversas formulações com diferentes porcentagens de fibra com carne e, também, com proteína de soja. Ao longo do semestre, os alunos perceberam que a substituição total da carne pela fibra obteve um resultado satisfatório sensorialmente. A matéria prima, o bagaço do cajú, foi processada no início do semestre de 2016 e congelada para utilização durante as atividades em classe.
Patrícia Silva, também participante do grupo, comenta que durante a etapa inicial de brainstorming, realizada para o desenvolvimento de um novo produto, a equipe levantou mais de 20 ideias inovadoras, mas o quibe feito com fibra de caju foi o que conquistou a professora da disciplina.
Outro ponto muito interessante abordado pela equipe acerca deste quibe é a oportunidade de consumo do mesmo pelo grupo de pessoas que segue a alimentação vegetariana e vegana. Por não possuir a presença de matéria-prima animal, o quibe feito com a fibra de cajú torna-se uma opção interessante a este público consumidor.
Durante a fase de testes, pude participar de uma avaliação sensorial realizada durante uma das aulas práticas, na UEFS. Tive a oportunidade de degustar três formulações: 100% fibra de caju, mix de fibra de caju e carne bovina e mix de fibra de caju com proteína texturizada de soja. Fiquei muito entusiasmada e confiante no sucesso que este produto se tornaria.
Milaine Silva, formanda e integrante do grupo, relatou a importância de executar uma avaliação sensorial para a aprovação final do consumidor. Ela explicou que neste momento de degustação, um grupo, de no mínimo 200 provadores, deve avaliar quesitos importantes como o sabor, textura, apresentação visual e, também, a intenção de compra do produto.
O grande desafio de desenvolver um trabalho como este é a necessidade de englobar todos os conceitos adquiridos ao longo do curso. Faz-se necessário pensar na criação, testes em laboratório, aprovação dos consumidores afim de testar a aceitabilidade e a intenção de compra do mercado.
Que tal conferir o vídeo gravado pela equipe exclusivamente para a Cozinha FIT&FAT?
Deixo aqui o meu agradecimento aos integrantes do grupo por permitirem que a Cozinha FIT&FAT compartilhe a receita e este momento tão representativo para nós, estudantes de Engenharia de Alimentos. É uma profissão realmente desafiadora e que exige muito estudo, dedicação e amor pelo que faz. Parabéns a todos da equipe!
Vamos à receita?
- 150g de trigo para quibe (hidratado)
- 1 colher (sobremesa) de farinha de trigo
- 1/2 cebola picada
- 100g de fibra de caju
- Sal, pimenta do reino, salsa, hortelã e coentro a gosto.
- Transfira todos os ingredientes para um recipiente fundo. Misture bem com as mãos e modele-os em formato de quibe.
- Leve para fritar em oleo quente por aproximadamente 5 minutos.
- Deixe descansar em um prato com papel toalha para reduzir o excesso de óleo.
Confira também outras reportagens relacionadas a esta novidade:
Website FOLHA DO ESTADO – Quibe com fibra de caju é testado na UEFS
Website UEFS – Alunos de Engenharia de Alimentos da criam o quibe de caju
Website A COR DA CIDADE – Quibe com fibra de Caju é a nova aposta de estudantes da Uefs
Website TRIBUNA FEIRENSE – Alunos de Engenharia de Alimentos da Uefs criam o quibe de caju
2 Comments
Pode assar ao invés de fritar, fica saboroso?
Oi Cássia! Os estudantes não fizeram testes do produto assado. Mas, se conseguimos bons resultados do produto tradicional quando assado, acredito que fique saboroso tanto quanto. 😉 Boa pergunta! Abraço!